Excelente livro escrito pelo psicologo Walter Riso com base na sua experiência de vida e consultório.
Assertividade: Submissão x Agressividade
O livro desde o inicio mostra a importância da assertividade e o quanto a sua falta é prejudicial. Uma pessoa assertiva conseguer exercer e defender seus direitos. Uma pessoa que consegue dizer “não”, que consegue discordar, que não se deixa manipular (submisso) nem que seus direitos sejam violados (agressivo).
De acordo com o autor pessoas não assertivas costumam ter pensamentos típicos como:
- “Os direitos dos outros são mais importantes do que os meus.”
- “Não devo ferir os sentimentos dos outros nem ofendê-los, mesmo que eu tenha razão e isso me prejudique.”
- “Se eu expressar as minhas opiniões, serei criticado ou rejeitado.”
- “Não sei o que dizer nem como dizer. Não sou bom em expressar minhas emoções.
Os submissos mostram medo e ansiedade, culpa real ou antecipada, sentimentos de menosprezo e depressão. A assertividade permite nos defendermos com inteligência.
Repito: deixar clara a divergência e manifestar um sentimento de inconformidade, mesmo que não gere uma mudança imediata no ambiente, é um procedimento que fortalece a autoestima e evita a acumulação de lixo na memória.
A assertividade também pode ser disfarçada de agressividade quando a sinceridade ácida aparece ou quando não há sensibilidade para com a dor alheia.
Direitos universais assertivos
O autor traz uma lista dos direitos que devemos considerar ao sermos assertivos:
- O direito de ser tratado com dignidade e respeito.
- O direito de experimentar e de expressar sentimentos.
- O direito de ter e de expressar opiniões e crenças.
- O direito de decidir o que fazer com o próprio tempo, corpo e propriedade.
- O direito de mudar de opinião.
- O direito de decidir sem sofrer pressões.
- O direito de cometer erros e de ser responsável por eles.
- O direito de ser independente.
- O direito de pedir informação.
- O direito de ser ouvido e levado a sério.
- O direito de ter sucesso e de fracassar.
- O direito de ficar sozinho.
- O direito de estar feliz.
- O direito de não ser lógico.
- O direito de dizer: “Não sei”.
- O direito de fazer qualquer coisa que não viole os direitos dos demais.
- O direito de não ser assertivo.
O autor fala sobre a omissão, situação em que sabemos nossos limites éticos estão sendo ultrapassados, mas mesmo assim, permitimos que se aproveitem ou nos faltem com o respeito.
Por que sigo suportando os insultos, por que digo o que não quero dizer e faço o que não quero fazer, por que me calo quando devo falar, por que me sinto culpado quando faço valer meus direitos?
E mesmo que saiamos aliviados naquele momento, conseguindo diminuir a adrenalina e o incômodo gerado pela ansiedade, resta-nos o dissabor da derrota, a vergonha de haver ultrapassado a barreira do amor-próprio, a culpa por ser um traidor das próprias causas.